domingo, 24 de outubro de 2010

Homem-Aranha

Os primeiros posteres não mostravam toda a roupa do herói
 
Lembro quando vi o primeiro teaser de Homem-Aranha. O vídeo mostrava um assalto a banco em que os bandidos utilizavam um helicóptero para fugir com o dinheiro. Porém, o assalto é frustrado quando eles ficam presos por uma teia em meio as Torres Gêmeas de Nova York! (O vídeo foi tirado do ar por causa do 11 de setembro tempos depois). Em seguida, vislumbramos o herói pela primeira vez com a cidade refletida pelas lentes de sua máscara, ele soltando sua teia e se balançando vertiginosamente por entre os prédios. Era algo curto, mas emocionante!

Após anos de tentativas frustradas de levar o personagem para os cinemas, o Homem-Aranha finalmente ganhou uma produção tão espetacular quanto seus feitos em 2002. Por meio de uma narração em off do protagonista, somos apresentados ao franzino Peter Parker (Tobey Maguire), o típico nerd de colégio, e sua paixão platônica por Mary Jane Watson (Kirsten Dunst), obviamente, a mais bela do colégio. Tão improvável quanto um romance entre os dois, seria a brusca mudança que estaria prestes a acontecer na vida de Peter.

Picado por uma aranha geneticamente alterada, o rapaz ganha extraordinárias habilidades tais como escalar paredes além de força e velocidade sobre-humanas. Sem rompantes heroicos (e o mais próximo do que poderia acontecer na vida real), Peter decide usar seus dons em benefício próprio. Ou seja, arranjar grana para impressionar a garota de seus sonhos. Afinal, o que teria de errado nisso?

Nada a não ser o destino cobrando de Peter o preço por seus maravilhosos dons. A duras penas ele vai aprender o significado do famoso mantra de seu tio Ben “grandes poderes trazem grandes responsabilidades” e o que vem a ser um verdadeiro herói. Mesmo que ele não saiba ao certo se os seus poderes são uma benção ou uma maldição.

O Duende Verde a la Jaspion

Homem-Aranha é uma das mais fiéis obras cinematográficas baseadas em uma história em quadrinhos. O filme é colorido e a abordagem de Sam Raimi confere um ar de contos de fadas moderno para a trama. Como muito bem observado por alguns amigos meus, o filme nada mais é do que o resumo de alguns bons anos de histórias dos personagens... a descoberta de seus poderes, seu relacionamento com Mary Jane e o embate contra um de seus maiores inimigos, o Duende Verde (Willem Dafoe).

Pra mim, o Duende é o grande defeito do filme. Claro que não me refiro a atuação de Dafoe que é fora de série, mas a caracterização do personagem. No filme, o personagem utiliza uma armadura verde que lhe dá um ar de vilão de seriado japonês. Algo mais pra cômico do que ameaçador como o personagem pede.

Mas a essência das histórias do Aranha está ali e é isso que importa. A comédia, o drama e a ação estão presentes. Esta última em especial nas cenas em que a câmera nervosa de Sam Raimi capta diversos detalhes do cenário como uma forma de representar o sentido aranha (a habilidade que Peter possui de pressentir o perigo).

A grande questão lançada nos trailers e início do filme é “Quem sou eu? Você tem certeza que deseja saber?” Se você ainda não sabe quem era o Homem-Aranha, será vendo este filme que irá descobrir.

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